O presidente dos Estado Unidos da América, George W. Bush conseguiu tropeçar mais uma vez antes de chegar à meta, parecia impossível, especialmente quando tão próximo do fim. Não conseguindo contornar os obstáculos invísiveis criados por anos de incompetência, Bush tropeça e cai de boca, arrastando com ele as esperanças de todos os seus seguidores. Ao trair os seus amantes na Wall Street, Bush, contribui para a drástica mas necessária mudança de ideologia política de extrema direita para extrema esquerda. Neste momento, esquecendo a possibilidade de fraude eleitoral, o próximo presidente dos Estados Unidos da América irá ser o Senador Barack Hussein Obama.

Dá a ideia que, muito raramente, em situações de extrema calamidade, a linha de balanço político transforma-se num círculo. E, durante um instante apenas, quando os dois extremos do espectro político se tocam, surge a oportunidade de uma nação realizar uma mudança radical de ideologia e vertente política, assim como está prestes a acontecer aqui nos EUA.

Por nossa sorte, Bush e a sua administração, na sua incompetência infinita contribui fortemente para o acelerar de um processo que tem vindo a desenrolar-se nos últimos anos. Processo este que essencialmente irá retirar um grupo muito perigoso de neo-conservadores Bushistas de extrema direita do poder. Um grupo que desde há décadas tem vindo a enterrar as suas garras cancerígenas no poder, desta forma afectando negativamente a qualidade de vida de pessoas pelo mundo inteiro. Finalmente, após anos de decepção, desrespeito, contumácia, e puro desprezo pelos seus próprios cidadãos, a doctrina neo-conservadora colapsa miseravelmente sem cura e sem compaixão.

O desabar do extremismo de direita nos EUA foi possívelmente um dos acontecimentos com implicações a nível global mais importantes na arena política americana desde a guerra do Vietname. De tempo em tempo é importante relembrar que crenças, opiniões, situações ou acções extremas devem ser evitadas a todos os custos, e isto aplica-se a todos os níveis, política, religião, trabalho, amor, estudo, não interessa, moderação é essencial para o funcionamento correcto de qualquer sistema.

Barack Obama é considerado um democrata muito liberal, com ideas socialistas, por vezes até chamado radical de extrema esquerda. Ao mesmo tempo, para benefício de futuras gerações, o governo e o modus operandi de política externa dos Estados Unidos necessita de reformas profundas e, neste momento, Barack é o único que aparenta representar mudança radical. Espera-se apenas que, quando o momento se aproximar de novo, desta vez vindo da esquerda, o povo já esteja prevenido. Espero que este momento fique marcado na história e que nunca seja esquecido porque apesar de os atletas serem diferentes, a corrida é a mesma. A lição a aprender é que, para o bem da humanidade, extremismo e fundamentalismo a qualquer nível deve ser evitado a todos os custos.

Calituga 2008

Gore Vidal expõe a realidade nua e crua.

Teóricamente, apesar do presente Comunismo Chinês e da presente Democracia Americana serem métodos de Governãncia muito diferentes, é aparente que em prática há muitas situações em que os dois modelos políticos são quase idênticos. 'E óbvio que com o nível de corrupção existente nos estados unidos e na China neste momento os sistemas políticos não funcionam como os livros e a teoria ditam - acho que há uma linha muito fininha a separar um governo despótico e fascista e aquilo que o Bush e o Jintao oferecem. A única diferença é que os governos que são classificados oficialmente, perante os olhos do mundo, como fascistas não o escondem. Estes dois governos simplesmente usam uma combinação de mentiras, secretismo governamental, propaganda, e effectivamente procedem à lavagem cerebral dos seus cidadãos para perverter a realidade. Os métodos para atingir esta farça são diferentes nos dois países, a china mais nonchanlant, mais "matter of fact" e a américa mais à vigarista que se aproveita da boa fé das pessoas, na realidade o resultado é o mesmo.

O Governo Chinês (o partido comunista da china, não as pessoas chinesas), desde há décadas que oprime o povo Tibetano. Desde tortura, assassinatos, segregação, esterelização, sufoco financeiro, e muitas outras violações, muitas delas fundamentais direitos humanos como a liberdade de expressão (mas isso também o fazem a eles próprios...).

Dispatches: Undercover in Tibet é um documentário que realmente não deixa margem para dúvida, o governo chinês tem uma agenda muito bem defenida em relação ao Tibete. O documentário foi feito por um Tibetano que obteve passaporte Inglês com estatuto de refugiado e que após 11 anos de exílio voltou ao Tibete e conduziu uma série de entrevistas secretamente. O documentário tem 6 partes e está no Youtube, os links encontram-se em baixo. Parece ser bastante credível em geral, as imagens nao mentem. Ao mesmo tempo é muito triste.

Parte 1:




Parte 2:



Parte 3:



Parte 4:



Parte 5:



Parte 6:



É dificil encarar esta realidade, mas a chave é apercebermos-nos que o Partido Comunista Chinês (PCC) é uma máquina com um objectivo pré-programado muito bem defenido mas que felizmente está continuamente a ser reprogramado. Sem dúvida que a China em anos recentes, admiravelmente, tem vindo a dar passos gigantes na direcção certa, espero que assim continue. Eu tenho fé nas pessoas da china.

Calituga 2008

Desde a segunda guerra mundial e a corrida para o espaço que o governo americano tem vindo a esquecer aquilo que é suposto representar. Os valores que os pais fundadores dos EUA imprimiram na constituição são constantemente vandalizados por membros do Governo violando directamente os direitos mais básicos dos cidadãos americanos. O governo está submergido numa sopa extremamente viscosa repleta de mentiras, corrupção, incompetência, parcialidade, imperialismo, patriotismo fanático, parcialidade, união entre o estado e a igreja e muitos outros condimentos com o mesmo paladar. Para fortificar esta receita, a maioria dos cidadãos americanos demonstram consistentemente uma inércia inata para exercitar o seu direito de voto e para se manterem informados. Em vez de acordarem e entenderem que o governo foi eleito por eles e para eles, aparentam estar conformados com a situação e é raro verem-se protestos ou desacordo em grande escala.

Infelizmente a ignorãncia do povo é uma das principais componentes a facilitar o abuso governamental. Como o Adolf Hitler disse uma vez "Que sorte a dos líderes, que o homem não pensa.". O descarrilamento do sistema político americano é um tópico muito interessante e extremamente complexo. Certamente o sujeito de muitas discussões pelo mundo inteiro.

O aumento exponencial de fanatismo religioso que permeia o partido republicano americano é aparente e alarmante. Recentemente, a interpretação de Sarah Palin do livro do Apocalipse de São João (the Book of Revelation) causou grande polémica no circuito noticiário dos EUA. Sendo um livro composto em sua maioria por linguagem simbólica, não é de espantar que a sua interpretação seja um problema dificil de resolver. Mas o facto é que há certas interpretações pela parte da Gov. Palin que, ou demonstram níveis tristes de calculismo e manipulação do povo utilizando a religião como uma ferramenta, ou no mínimo é idiotice básica. Eu julgo que a primeira razão é a mais provável, afinal de contas escalada de Sarah Palin pela hieraquia governamental acima demonstra alguma competência: Presidente da Câmara de Wasilla -> Governadora do Estado do Alaska -> Candidata a Vice Presidente dos EUA. É óbvio então que a Governadora Palin tem uma agenda pré-definida e não verga facilmente, utilizando todos os truques disponíveis até mesmo os mais baixos, para alcançar os seus objectivos.



Afirmações de Palin durante uma palestra perante estudantes na sua igreja (the Wasilla Assembly of God):

- "A invasão do Iraq pelos EUA é uma missão enviada por deus."
- "A construção de um pipeline de petróleo para o Alaska é a intensão de deus."

Comentários desta natureza levantam uma série de questões importantes, especificamente põem em causa a capacidade de Palin de resolver problemas críticos e de lidar com futuras accões governamentais. Situações estas que prometem ser muito sérias em tempos futuros.

Sarah Palin e os seus fiéis seguidores, acreditam que o maravilhoso plano de salvação de deus (essencialmente o fim do mundo) é composto por um momento sangrento de conflagração imediatamente antes de as pessoas de deus serem salvas. Neste cenário, o Iraq é o cobaia perfeito para Palin provar a sua interpretação do livro do Apocalipse de São João. Esta ideia de invasão de outras nações em nome de deus não é nova, mas francamente, as cruzadas já acabaram há muitos anos e dá-me arrepios só de pensar que o destino do mundo vai ser decidido em menos de 2 meses. Os grandes perdedores são as gerações futuras, certamente que se Sarah Palin e John McCain ganharem a eleição da presidência americana lhes será garantido um mundo ainda mais ríspido e perigoso do que o este em que vivemos correntemente.

Acabei agora mesmo de ir ao site de noticias da bbc e voilá, a prova do meu último ponto. http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/7606100.stm

Calituga 2008

O povo democrata está em puro extâse com a entrada orgulhosa e confiante de Barack. Ao ínicio Obama tem dificultade em apaziguar as tropas democratas que aplaudem e vociferam em uníssono "yes, we can!" - sim, nós conseguimos!

Obama explica que McCain está fora da realidade do cidadão americano normal. Ele demonstra interesse em empreendedorismo e formação de pequenas empresas. Promete criar mais postos de emprego. Corta taxas por 95% as pessoas da classe media, e vai taxar os mais ricos, acabar com dependencia do petróleo, promete fazer educacao accessivel a toda a gente, o plano de saude promete custos mais baixos e tem-se direito a um tratamento no mínimo igual ao de um senador americano. Afirmou de novo a necessidade da união entre os dois partidos porque no fundo todos são americanos. grande aplauso.

Por aqui pelos estates está instaurada uma grande comoção com o desenrolar da convenção nacional  do Partido Democrata na qual o Barack Obama vai ser nomeado oficialmente como o candidato do Partido Democrático para presidente dos EUA. É muito interessante observar o desenrolar dos eventos, os Democratas Americanos estão completamente em transe a observar a convenção, demonstram altos níveis de esperança, confiança, alegria, convicção que vai haver mudança. O Bill Clinton e a Hillary Clinton falaram incluindo uma série de outros democratas de alto nivel incluindo o Ted Kennedy o irmão mais novo de John F. Kennedy. A meu ver o melhor discurso da convenção dos democratas foi odo Governador Brian Schweitzer, democrata do estado do Montana, podem ver o discurso aqui.



Os democratas estão muito preocupados porque houve sondagens recentes indicando que o Obama está a perder em relação ao Mcain, é lógico que estudos deste tipo estão sujeitos a uma margem de erro e em tempos recentes estiveram errados por completo (Obama vs Clinton). De quaquer forma, apesar de os resultados não serem válidos podem ser perigosos porque influenciam a maneira de pensar das pessoas. Eu duvido que o Obama perca, mas ao mesmo tempo, não me admirava - o Bush ganhou contra o Kerry em 2004.

Recentemente, o McCain começou com anúncios de candidatura altamente repugnantes com o objectivo óbvio de assustar a população, ao usar táticas do medo McCain desceu a um nível lastimante semelhante ao do governo do Bush (Anúncios). Um dos anúncios mostra imagens do incidente da Rússia e Geórgia, Iraq, fala de Israiel e da ameaça do Irão, mostra destruição, desespero das pessoas, até uma foto do Osama Bin Laden. No fundo pinta uma imagem futuristica onde a guerra é o tema central das vidas do cidadão americano. E por causa disso o McCain é o candidato ideal, os americanos precisam de um presidente com experiência militar. Afirmam directamente que o Obama é fraco e não tem capacidade de resolver o problema. É irritante porque isso são exactamente o tipo de truques sujos que o Bush utilizou contra o John Kerry na eleição passada. Infelizmente esse tipo de anúncios é eficaz para uma grande maioria da população que tem vindo desde há anos a ser bombardeada com propaganda do governo. É claro que essas pessoas sentem medo e a necessidade de serem protegidas, afinal de contas elas foram instruidas para sentirem medo. O tipo de propaganda é semelhante ao que aconteceu há 40 anos atrás com o pânico americano da expansão do comunismo, o efeito dominó, mas só que desta vez a propaganda é em nome do terrorismo.

Calituga 2008

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